Educação 3.0: a solução para o atraso brasileiro
O
projeto do Iluminismo europeu, que tinha como um dos principais
objetivos o progresso, era alicerçado na transformação política
em bases racionais e no aprimoramento intelectual e moral dos homens
por meio da educação e das leis. Fica clara a forte presença
desses vetores nos países classificados hoje como de primeiro mundo.
Vamos
focar no vetor educação, o mais importante. Especialistas e
indicadores constatam que o Brasil tem 100 anos de atraso nesse
setor. Entendemos que essa recuperação só será viabilizada em
curto prazo pelo uso da Tecnologia da Informação e Comunicação,
principalmente quanto às técnicas cognitivas e pedagógicas,
aproveitando o uso já incorporado pelos jovens de tablets,
smartphones, ferramentas de busca, redes sociais, internet de alta
velocidade, entre outros.
Totalmente
alinhada a esse conceito, a Educação 3.0 consiste na criação de
uma infraestrutura de conectividade e colaboração com alto
desempenho, mobilidade e segurança, o que é imprescindível para o
desenvolvimento de didáticas orientadas para a pesquisa, com
construção conjunta de conhecimento por professor e aluno. Assim,
aproveita-se a riqueza de informações do mundo atual, por meio de
ferramentas da Web ou de outros ambientes virtuais.
Na
pesquisa mais respeitada do mundo na área, a Education at a Glance
(2013), está evidenciado que o nosso problema não é de
investimento, pois na educação básica ele corresponde a 4,3% do
PIB, contra 3,9% dos países desenvolvidos. O que o Brasil precisa é
de uma gestão comprometida com educação de qualidade, focada na
racionalização do uso dos recursos financeiros, na escolha da
tecnologia adequada e na priorização da formação do professor
nesse novo ambiente, com reconhecimento por meritocracia. Sem isso, a
equação “educação” fica muito difícil de ser resolvida.
Glauco
Brites Ramos–presidente
do Conselho de Administração da Teltec Solutions.